Voltei com aquela nostalgia de sempre tentar escrever o que acontece na minha vida de uma forma na qual só eu entenda. Sei lá, gosto de criptografar o que eu sinto. Pelo menos não é qualquer um que vai conseguir entender. Já disse algumas vezes aqui, e acho que hoje volto no mesmo assunto. Eu tenho uma capacidade incrível de me magoar por pouca coisa. E quando digo pouco, é pouco mesmo. Não que eu seja um pouco sentimental, por que isso é mentira. Eu sou um total sentimental. Sábado à noite. A galera curtindo, bebendo, se divertindo. Pelo que eu sei, tem gente no cinema, tem gente em festinha particular, e tem gente por aí. O que eu estou fazendo? Em casa, me remoendo com algumas coisas que aconteceram, e exercitando o que eu faço de melhor: nada. Acho que esse é o preço que eu pago por ter mais amigos virtuais do que reais. Fato é que antigamente, eu tinha mais intimidade pra contar certos tipos de assuntos com as pessoas certas. Tinha o carinha que eu gostava de jogar um papo fora. A menina com quem eu desabafava exatamente tudo. Tinha até a que me fazia rir, mesmo quando eu queria chorar. Cada um com o assunto certo. E hoje? Pode ser coisa da minha cabeça, mas ultimamente, tem muita gente ficando estranha comigo e eu nem se quer sei o por quê. Eu sou do contra, sei disso, mas ao mesmo tempo que quero explodir certas pessoas na minha família que vivem se metendo onde não são chamados, quero também ter alguém que se meta e me diga o que é bom e o que é ruim. Eu sinto muita falta disso. Pra paranóia ficar pior, ontem muita coisa passou pela minha cabeça. Coisa de uns meses atrás. Não sei se foi bom recordar.
O problema é que não sou eu quem controlo isso, infelizmente. Só sei que tá complicado. Mas acho que o mais chato de tudo isso, é quando alguém que você tanto confia, começa a te decepcionar. Ok, quem sou eu pra dizer isso? Já decepcionei tanta gente. O ponto é que o egoísmo é tanto, que impede a pessoa de te pedir um simples "desculpa". Ela pode até pedir, mas você sabe quando vem de dentro ou é da boca pra fora. As maiores decepções vem das pessoas que mais gostamos.
O que eu mais quero mesmo, é um giro de 180º na minha vida. Quem sabe isso acontece amanhã, semana que vem, ou até mesmo nessa madrugada. O que vai definir realmente essa mudança, é a intensidade e não a velocidade. Não adianta ser rápido e passageiro ao mesmo tempo. Prefiro que seja demorado, mas verdadeiro.
