É complicado dizer. Mais complicado ainda é tentar entender. Como bom aquariano que sou, a preguiça em excesso me devora por dentro. Mais uma vez, deixei o blog aos ventos por um bom tempo, e é quase certeza que vou ser assim pro resto da vida, por mais que eu queria mudar. Isso pode ser bom e ruim ao mesmo tempo, depende do ponto de vista. Sem desculpinha, o assunto não é esse. O assunto é bem mais complicado e dessa vez, a ficha caiu. A vida tá aí, batendo na minha porta e cobrando tudo o que é pra ser cobrado. Tudo ao mesmo tempo. Bem que eu não queria, mas crescer é inevitável. Tem seus pontos positivos, que são infinitamente menores que seus pontos negativos. Vou tentar ser o mais indireto possível, mas acho que não vai rolar dessa vez.
Desde que me conheço por gente, nunca tive que me preocupar com ninguém, principalmente pelo fato de ser filho único. Quer dizer, tenho duas irmãs por parte de pai, mas sempre morei sozinho. É difícil entender mas quem me conhece, entende. Minhas irmãs já são casadas, e ambas já tem filhos. No meu caso, pré-19 anos e mal sei fazer minha sobremesa preferida. Voltando ao assunto, sempre fui sozinho dentro de casa. Calma, ainda não parti pro meu lado emotivo. Vejo isso até como uma coisa boa. Sempre tive o que queria, e sou eternamente grato aos meus pais por isso. Ganhei educação de primeiro mundo, e sei de todo o esforço deles pra sempre me permitirem escolher. Do outro lado, sempre quis ter um irmão, mas não qualquer tipo de irmão. Queria mesmo ter um irmão mais velho. Até porque, se ele é mais velho que eu, obviamente, já teria passado por todas as fases que eu passei. Isso resolveria cerca de 30% dos meus problemas. Aquele cara que me serviria de apoio pra contar tudo o que acontecesse durante a adolescência. Um irmão que eu odiaria com todas as forças do mundo e ao mesmo tempo, seria meu parceiro pro resto da vida. Descontar a raiva, colocar a culpa um no outro, dar aquele soco de deixar a perna roxa. Aquele cara pra brincar de lutinha de machucar pra valer, jogar videogame de madrugada, e por que não pra sair beber umas e outras.
Na falta de um irmão, temos amigos, o que não é a mesma coisa. Esquece essa história de "irmandade" porque é algo totalmente diferente. Irmão é irmão, amigo é amigo. Entre isso, existem os melhores amigos e é sobre isso que eu quero falar. Tive vários "melhores amigos" que atualmente, mal sei por onde andam. Tive meu melhor amigo do primário. Lembro até hoje: eu sou o P1, você é o P2. Já tive também, meu melhor amigo do ensino fundamental. Até que isso durou um tempo considerável. Pelo menos uma vez na semana, a gente trocava de casa. Eu almoçava e passava a tarde inteira na casa dele e/ou ele almoçava e passava a tarde inteira na minha casa. Pra variar, tive também meu primeiro amigo do ensino médio. Se você estiver lendo isso, o que eu acho pouco provável, saiba que você ainda é mega importante pra mim, mesmo a gente não se falando tanto. Tive meu primeiro na primeira faculdade. Ainda conversamos, mas acho que o tempo foi pouco: seis míseros meses.
Hoje, em outra faculdade, ainda não encontrei aquele cara pra se chamar de "melhor amigo", e pretendo não encontrar. Até porque, amizade hoje em dia é baseada em "dinheiro". Se você tem grana, eu sou seu amigo. Obviamente, já tive outros melhores amigos que não estão associados à escolaridade. Todo mundo já teve seu melhor amigo. O problema é que os tempos mudam, os lugares mudam, e infelizmente seu melhor amigo também muda. Seja pra pior ou pra melhor, é sempre bom conhecer novas amigos. Quem sabe até mesmo um amigo imaginário.
