É complicado explicar. Pra falar a verdade, não existe explicação. As coisas são como devem ser, ou pelo menos é pra ser assim. Calmaria, tormenta, calmaria. Um dia a gente acorda bem, no outro a gente acorda mal. Mais incrível ainda é o fato de simples palavras conseguirem destruir seu dia, sua semana, sua vida. Aquilo destrói por dentro de tal forma que não há pessoa que aguente segurar tamanho sentimento. Um, dois, três dias de choro. Seu mundo desaba e você fica sem saber o que fazer.
Ao mesmo tempo que não sabe o que fazer, a gente não sabe o que falar e nem o que pensar. Simplesmente os dias passam, as pessoas passam, tudo passa. Não, nem sempre. Quando a gente ama, não consegue deixar passar. Uma imagem fica salva no seu inconsciente e praticamente tudo começa a se interligar. Complexo, porém real. Difícil é acreditar que tudo isso não é um simples e curto pesadelo. A única cura é o tempo e isso a gente aprende na pele. E sente de verdade.
Mas eu não quero aprender, não quero mudar, não quero sofrer. Eu não quero nada. Não adianta querer se você não corre atrás e esse deve ter sido o erro de toda a história. Tarde de mais? Nem sempre. Eu espero. Eu ainda vou à luta, mesmo sabendo que posso perder; se é que já não te perdi. O maior medo é perder sem tentar. Ou você tenta ou você simplesmente desiste. Eu não quero desistir de algo que acredito, não quero desistir de nós. É como falam, nem sempre vale a pena. O problema é que quando a gente se apaixona, nos tornamos cegos e isso nem sempre é ruim. Eu vou tentar, não sei por quanto tempo. Mesmo que ninguém mais acredite, mesmo que eu fique sozinho nessa: eu confio em mim, em você, em nós.
